1 de ago. de 2010

Asas Cortadas - Jorge Vercillo


Asas Cortadas
Jota Maranhão / Jorge Vercillo

Eu, pássaro perdido
Que avoou sem medo
Quando era menino
Sério, eu chego a me lembrar
e logo chega o mundo
Pra intimidar
Eles gritam e conseguem me assustar
Eu me sinto gaivota sobre o mar
Que afundou as asas nas manchas de óleo ao mergulhar
E agora não consegue mais voar
Um dia eu vou voar

Sei, sei tudo que posso
Mas vem essa lei
e impõe o ócio
quem tem um olho é rei
Se eu desafiar, incomodarei
Vez em quando bate um vento por aqui
Abro as minhas asas pra tentar subir
Mas com tanto tempo preso a essas grades, me esqueci
E agora tenho medo de cair

Tiê,
Venha das alturas me salvar
No maciço da Tijuca pousará
Onde as nuvens se debruçam
E eu não canso de esperar
Sua liberdade me libertará
Abra as suas asas
Vai sem medo, vai
Vai ganhar o céu
Quem provou da liberdade
não terminará
Preso as próprias grades
Um dia eu vou voar
Eu já vivi no ar
Vem me ver voar
Vem me ver voar

Nenhum comentário:

Postar um comentário