23 de dez. de 2010

"A necessidade tem cara de gente"

Da Assessoria de Comunicação da Arquidiocese de Olinda e Recife

Uma noite para alimentar o coração. Assim pode ser descrita a implantação da Pastoral de Rua da Arquidiocese de Olinda e Recife, ocorrida na terça-feira, 21. O evento teve início com louvores no Pátio da Igreja Nossa Senhora do Livramento, bairro de São José, no Recife, e contou com a participação de centenas de ‘irmãos de rua’.

Os moradores de rua cantaram e rezaram ao som de músicas cristãs. O arcebispo de Olinda e Recife, dom Antônio Fernando Saburido, presidiu a Celebração da Palavra e compartilhou as palavras de Jesus. Era hora de alimentar a alma de esperança.

“Procuramos oferecer a vocês o pão da palavra, mas nós precisamos também do pão material, por isso a nossa festa não seria completa se ficássemos apenas aqui nesse encontro de partilha da palavra sem haver o encontro em torno da mesa. A mesa do pão, a mesa que vai nos ajudar a saciar a nossa fome”, afirmou o arcebispo em sua homilia.

Após o momento de oração, todos se dirigiram até a Basílica de Nossa Senhora da Penha, onde foi servido o jantar natalino. Por trás de cada sorriso, uma história de luta e sofrimento. Pessoas de diversos bairros do Recife e de outras cidades atenderam o convite de dom Fernando e foram participar daquela, que para muitos, era a única refeição do dia. A necessidade não tem idade. Ela se revelava na criança ainda no ventre de uma franzina jovem até nos idosos que saciavam a fome de vida.

Entre tantos relatos, o de uma criança, da periferia de Olinda que junto com a mãe e os sete irmãos foram até o centro do Recife. Chegar lá não foi fácil. Viver não é simples. A menina radiante não deixava dúvidas: “a necessidade tem cara de gente”. Admirada com tantos flashes, pediu para tirar uma foto do presépio e mirou nas estrelas. Ela buscava o alto. Era a esperança de dias melhores.

“Através desse evento queremos promover a unidade. A fim de que possamos trilhar juntos objetivos maiores e conseguir para vocês aquilo que têm direito porque são como nós filhos de Deus”, afirmou dom Fernando.

Dezenas de voluntários ajudaram na distribuição do jantar e dos lençóis doados aos irmãos de rua. Entre eles, o integrante da Fraternidade O Caminho, Irmão Servo, que é paraense e há cinco anos trabalha com irmãos de rua da cidade do Recife. “Se tiver como ajudar estou aqui. O que a gente quer é que os irmãos tenham dignidade”, disse.

A Pastoral de Rua faz parte da Comissão Arquidiocesana de Pastoral para o Serviço da Caridade da Justiça e da Paz, responsável pela coordenação das ações. “O sentimento que fica é o de bem-estar em saber que uma parte da missão foi cumprida, mas que a partir dela se iniciam novos desafios para que a caridade seja concretizada”, revelou o presidente da comissão, padre Francisco Mota.

Voluntariado – As pessoas e grupos que quiserem saber mais sobre a Pastoral de Rua ou participar como voluntários podem ligar para a Pastoral Social pelo telefone 3271.1090, de segunda a sexta, das 7h às 13h.










8 de dez. de 2010

Subjetividade jornalística


Não é que o mundo seja só ruim e triste. É que as pequenas notícias não saem nos grandes jornais. Quando uma pena flutua no ar por oito segundos ou a menina abraça o seu grande amigo, nenhum jornalista escreve a respeito. Só os poetas o fazem.

Rita Apoena

7 de dez. de 2010

"O essencial é invisível aos olhos"


Era manhã de uma longa semana de trabalho. Ônibus lotado, trânsito lento, pessoas reclamando. Tudo na mais imperfeita normalidade. Exceto por um pequeno detalhe que encheu aquele instante de cor. Detalhe este que ninguém percebeu nem naquele dia nem em nenhum dos dias que se sucederam ao longo daqueles 11 meses. Pelo menos, nunca ouvi nenhum comentário. E será que aquele gesto merecia admiração? Merecia muito mais que isso. Um livro, talvez. Uma reportagem. Ou a simples crônica que escrevo agora.

Talvez algum jornalista, além de mim, tenha pensado em escrever algumas linhas sobre o fato. Talvez tenha pensado em fazer uma entrevista perfil com o autor do ato e revelá-lo à sociedade, que passaria a voltar o olhar, habituado ao cotidiano, àquela pequena ação. Talvez. Mas talvez tenha esbarrado no olhar estreito de algum editor. Então, recordo um texto escrito pela escritora Rita Apoena: "Não é que o mundo seja só ruim e triste. É que as pequenas notícias não saem nos grandes jornais. Quando uma pena flutua no ar por oito segundos ou a menina abraça o seu grande amigo, nenhum jornalista escreve a respeito. Só os poetas o fazem." Jornalista não é um pouco poeta? Cronista? Ou pelo menos deveria ser? Isso não o faria perder a imparcialidade ou a objetividade pregadas nos cursos de jornalismo.
Eu não poderia achar tudo aquilo normal, sem importância e seguir incólume. Então, contei e mostrei a minha prima, que por vezes divide comigo a agonia diária da precariedade do transporte público. Pronto. Agora alguém também repara todas as manhãs aquele gesto simples, mas tão grandioso. Capaz de tecer um poema à simplicidade. O que será que acontece de tão sublime e que ninguém conseguiu perceber?


Todos os dias alguém deposita flores em um respiradouro no canteiro central da avenida Agamenon Magalhães, uma das mais movimentadas da capital pernambucana, nas proximidades do viaduto da avenida Norte – Miguel Arraes de Alencar. Um cano azul transforma-se em vaso. Um ritual sagrado, que em hipótese alguma deveria deixar de ser cumprido. Quando não há flores a serem ofertadas, ramos verde esperança são oferecidos. As flores deveriam ser colhidas em algum lugar distante. Visto que nas proximidades não havia flores daquele tipo.


Mas quem, ao nascer da manhã, dedicaria parte do seu tempo a colher flores, caminhar um longo percurso para depositá-las no jarro improvisado sem que ninguém percebesse a nobreza do gesto?

Num belo dia, mais um em que volvo o olhar para a cena cotidiana, tenho uma grata surpresa. Vejo um homem com semblante jovial, cabelos castanhos na altura dos ombros, trajando calça jeans, camiseta e com uma mochila nas costas caminhando em direção ao respiradouro com um buquê de flores do campo nas mãos. O instante para. Tudo para. Delicadamente, o homem arruma as flores no vaso e vai embora. Simples e rápido assim.

Aquele homem, aquele gesto simples me fez recordar outro homem que viveu aqui há mais de 2 mil anos. Até se pareciam fisicamente. Pelo menos, pelas referências que temos do jovem Galileu. A única coisa divergente era os trajes modernos usados pelo jardineiro, próprios do século 21. A eloqüência dos gestos e do silêncio era a mesma. Falavam sem palavras. Dedicavam suas vidas a encher de beleza e maciez tantas outras. Mesmo que a maioria das pessoas estivesse surda àquele grito.

Minha vontade era descer do ônibus, parar o relógio e roubar um pouco do tempo dele. Entender a razão daquele ato. Ouvi-lo contar sua história. Repetir, assim, o gesto de Maria sentada aos pés do Cristo mesmo com tantos afazeres domésticos à sua espera. Mas eu não tinha tempo. Tinha horário a cumprir.

Aquela cena se repete diariamente e tem o poder de ser única. Aquele homem tornou aqueles mágicos segundos eternos. Aprendeu com Deus a desenhar coisas bonitas no mundo. Seria o senhor Gentileza recifense? Não sei. Só sei que me mostrou que é verdade a frase dita por Shakespeare: “São os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular.”
 

"Imagine que o universo é uma imensa máquina giratória. Você quer ficar perto do centro da máquina - bem no eixo da roda -, e não nas extremidades, onde os giros são mais violentos, onde você pode se assutar e enlouquecer. O eixo da calma fica no seu coração. É aí que Deus reside dentro de você. Então, pare de procurar respostas no mundo. Simplesmente retorne sempre ao centro, e sempre vai encontrar a paz."  

do livro e filme: Comer, rezar, amar

26 de out. de 2010

...

Eu sempre gostei de pensar o nosso amor nunca acabou. Ou melhor, que o meu amor por você nunca acabou. Acho que ele deve ter se transformado em algo lindo, maior, infinito. Evoluiu. É isso, evoluiu. E por algum motivo, seja por imaturidade, orgulho ou humanidade sejamos incapazes de vive-lo. O nosso amor foi maior que tudo - maior que a sua frieza, maior que meu sarcasmo. Maior que nós dois. Maior, tão maior que não coube na gente.


Paula Fernandes

25 de out. de 2010

"Você vai me sorrir, você vai se enfeitar e vem me seduzir..."

(Você vai me seguir, Chico Buarque de Hollanda)

Não que fosse impossível, mas como amar alguém que não ouve a mesma canção? Como amar alguém que não decifra o que há na música, que não entende só a melodia, que não vê a poesia na letra e se emocina? Como não perceber as possibilidades de um amor louco ou breve na canção que se descreve? Como não precisar quando a voz vibra de saudade ou de dor? Não se ama alguém que não ouve.

Não se planeja uma vida com alguém que não ouve a mesma canção, não se preocupa com a poesia, que não a entende, nem a sente, nem a perpetua. Vida sem poesia, não sobra nada, nem amor para o próximo dia. Não se ama alguém que não tenha um livro de Lya Luft, um cd do Chico ou de Maria Bethânia, um quadro na parede e um amor do passado. Aliás, não se ama alguém sem passado, sem história, sem uma saudade de alguma coisa que até quando você olha nos seus olhos sente arder. Quem tem saudade, tem alguma coisa boa que vem desde muito tempo. Não se ama alguém pronto, alguém preparado, alguém seguro de tudo. Só se ama alguém que ainda podemos ver crescer, crescer junto com o que também queremos ser.

Não se entrega um sonho nas mãos de alguém que não ouve a mesma canção, de alguém que não ocupa o teu pensamento todo, e não te retribui em dobro o gesto e o riso. Não se ama alguém que não lê jornais, que não come besteiras, que duvida no toque do telefone. Não se ama alguém que não conhece teu perfume, teu prato e teu lugar preferido. Que não percebe que teu temperamento não é teu signo, que não acredita no que você daria a vida. Não se ama alguém em quem não se confia de olhos fechados e de coração aberto.

Não se apaixone por alguém que não ouve a mesma canção, nem goste de matinês e cafeterias. Não se ama alguém que não tenha plantas em casa, não use tapete na porta de entrada e não tenha talheres de inúmeras cores. Não se ama alguém que derrete na chuva e se torra no sol. Não se ama alguém que não viaja, que não planeja, que não tenha expectativas, nem que sejam mínimas e tolas. Não se ama quem fala pouco, quem gesticula antes da palavra e que não cante junto com a música.

Não se ama quem nunca quebrou um copo, quem nunca esqueceu as chaves, quem está satisfeito com a cor da sala, quem não tem compromisso, quem perde a hora, quem joga extratos fora, quem se muda toda hora, que não tenha manias, que não acorde com o rosto amassado de manhã. Desconfie se não te olhar nos olhos, se não te der segurança no dar das mãos, se mudar de assunto no domingo de manhã e principalmente, com toda certeza, desconfie, mude, termine se não ouvir a mesma canção.


Cáh Morandi
http://umolharparasentir.blogspot.com

14 de out. de 2010

Credo


Não tenho a pretensão de compreender esses sentimentos, 

mas estou disposta a respeitar o caráter sagrado do inexplicável.

Mil dias em Veneza - Marlena de Blasi


Mimo que recebi


Recebi esse mimo da amiga Roseli Pedroso há alguns dias, mas a correria dos meus dias me impediu de postá-lo antes. Contudo, faço isso agora e com o coração feliz pelo presente. Obrigada, Roseli!

Prosseguindo com a brincadeira... tenho que falar nove coisas sobre mim e dedicar o selo à nove blogs. Vamos lá, então!
 
  1. Sou jornalista por profissão;
  2. Sonhadora por vocação;
  3. Amo as coisas simples da vida;
  4. Já fui a pessoa mais paciente e zen do mundo, mas acho que gastei minha cota;
  5. Gosto de ler;
  6. Amo rádio e não vivo sem música;
  7. Acredito que o amor vence tudo, inclusive a barreira do tempo;
  8. Tenho poucos amigos, que valem por um milhão;
  9. Tenho fé!

    O blogs contemplados com o selo são:

    31 de ago. de 2010

    retrato da vida

    "mas e você o que faz
    que não repara no chão
    por onde tem que passar
    e pisa em meu coração?"


    Djavan e Dominguinhos

    29 de ago. de 2010


    "Não tenha medo dos ventos que sopram.
    É a primavera mandando os seus recados."

    Pe. Fábio de Melo

    domingo =(

    da Ana.

    'Sei que há em toda circunstância
    alguma espécie de dádiva
    que o meu coração,
    tantas vezes míope,
    não consegue enxergar bem, de longe.
    O tempo, (...)
    aproxima as lições.(...)
    A minha vida reverencia
    essa sabedoria. Não sei nada,
    na maioria das vezes
    não entendo nada,
    mas eu tenho fé.'

    Você é feliz?

    Você é feliz? Não espalhe, já que tanta gente se sente agredida com isso. Mas também não se culpe, porque felicidade é bem diferente do que ser linda, rica, simpática e aquela coisa toda. Felicidade, se eu não estiver muito enganada, é ter noção da precariedade da vida, é estar consciente de que nada é fácil, é tirar algum proveito do sofrimento, é não se exigir de forma desumana e, apesar disso tudo, conseguir ter um prazer quase indecente em estar vivo.

    Martha Medeiros

    19 de ago. de 2010

    da minha primaflor

    “(...) ela é uma moça de poses delicadas,
    sorrisos discretos e olhar misterioso.
    ela tem cara de menina mimada,
    um quê de esquisitice, uma sensibilidade de flor,
    um jeito encantado de ser, um toque de intuição
    e um tom de doçura.
    ela reflete lilás, um brilho de estrela, uma inquietude,
    uma solidão de artista e um ar sensato de cientista.
    ela é intensa e tem mania de sentir por completo,
    de amar por completo e de ser por completo.
    dentro dela tem um coração bobo,
    que é sempre capaz de amar e de acreditar outra vez.
    ela tem aquele gosto doce de menina romântica
    e aquele gosto ácido de mulher moderna.”

    Ana Paula Fernandes

    Mil dias em Veneza


    Veneza é toda esgarçada, remendada, linda de morrer e, qual
    uma feiticeira, me desarma e me tira o fôlego.
    Marlena De Blasi


    18 de ago. de 2010

    3 de ago. de 2010

    1 de ago. de 2010

    Olhar


    Se você souber olhar as coisas de um jeito mágico,
    tudo fica mais bonito.

    Caio Fernando Abreu

    Jorge cantando "One day in your life"

    No fim do Show de Solidariedade, realizado no último dia 30 com o objetivo de arrecadar dinheiro para as vítimas das enchentes em Pernambuco e Alagoas, Jorge Vercillo surpreendeu ao homenagear o ídolo Michael Jackson. Vercillo cantou "One day in your life" e emocionou a todos.



    One Day In Your Life
    Michael Jackson

    Em sua vida,
    você se lembrará de um lugar que você encontrou aqui.
    De alguém tocando o seu rosto.
    Você irá se volta e olhará em sua volta.
    Algum dia em sua vida,
    você se lembrará do amor que você encontrou aqui.
    E você se lembrará de mim de algum modo
    e mesmo que você não precise de mim agora,
    eu estarei em seu coração
    e quando as coisas se desfizerem você se lembrará algum dia.
    Algum dia em sua vida quando você percebe
    que você esteve sempre esperando pelo amor
    que nós costumávamos partilhar.
    Basta apenas chamar meu nome que eu estarei aí.

    Você se lembrará de mim de algum modo
    mesmo que você não precise de mim agora
    eu estarei em seu coração
    e quando as coisas se desfizerem você se lembrará algum dia.

    Algum dia em sua vida quando
    você percebe que você esteve sempre ansiando pelo amor
    que nós custávamos partilhar.
    Apenas chame meu nome que eu estarei aí.

    Asas Cortadas - Jorge Vercillo


    Asas Cortadas
    Jota Maranhão / Jorge Vercillo

    Eu, pássaro perdido
    Que avoou sem medo
    Quando era menino
    Sério, eu chego a me lembrar
    e logo chega o mundo
    Pra intimidar
    Eles gritam e conseguem me assustar
    Eu me sinto gaivota sobre o mar
    Que afundou as asas nas manchas de óleo ao mergulhar
    E agora não consegue mais voar
    Um dia eu vou voar

    Sei, sei tudo que posso
    Mas vem essa lei
    e impõe o ócio
    quem tem um olho é rei
    Se eu desafiar, incomodarei
    Vez em quando bate um vento por aqui
    Abro as minhas asas pra tentar subir
    Mas com tanto tempo preso a essas grades, me esqueci
    E agora tenho medo de cair

    Tiê,
    Venha das alturas me salvar
    No maciço da Tijuca pousará
    Onde as nuvens se debruçam
    E eu não canso de esperar
    Sua liberdade me libertará
    Abra as suas asas
    Vai sem medo, vai
    Vai ganhar o céu
    Quem provou da liberdade
    não terminará
    Preso as próprias grades
    Um dia eu vou voar
    Eu já vivi no ar
    Vem me ver voar
    Vem me ver voar

    31 de jul. de 2010

    Em tudo que é belo - Jorge Vercillo

    Uma das mais belas canções de Jorge Vercillo. Tive o privilégio de ouvi-la ao vivo, voz e violão no 'melhor show do mundo', Show de Solidariedade. O show dos meus sonhos...



    Em Tudo Que É Belo
    Jorge Vercillo

    Eu ainda acredito
    Num futuro mais bonito,
    Que o novo é bem-vindo
    E o amor é infinito.

    Eu ainda acredito
    Que nem tudo está perdido,
    Que o sorriso é sagrado
    E aqui é o paraíso
    E que tudo estava errado
    Sobre o dia do juízo.

    Eu ainda acredito
    No carinho invés do grito,
    Na doçura dos meninos
    Que no fundo todos somos.

    Eu ainda acredito
    Nos heróis adormecidos,
    Nessa força que revolta
    E nos faz ficar erguidos
    Cada vez que nos sentimos
    Derrotados e punidos.

    Eu ainda acredito
    Que depois da tempestade
    Vem sempre a calmaria
    E consigo a liberdade.

    Eu ainda acredito
    Em objetos luminosos,
    Que há vida no universo,
    Outras luas, outros povos,
    Eu ainda acredito.

    Eu ainda acredito
    Nas florestas e nos índios,
    Na bravura das leoas,
    Na alegria dos golfinhos.
    Eu ainda acredito
    No galope do unicórnio,
    Acredito em gnomos
    E no vôo dos tucanos
    E no canto das baleias
    Alegrando os oceanos.

    Eu ainda acredito
    Na justiça lá de cima,
    Na verdade e na vida
    Como o som de uma rima.
    E em tudo que é belo
    E em tudo que é nobre
    Como as cores do arco-íris
    Quando a chuva se descobre
    E agradece iluminada
    Pelo sol de ouro e cobre.

    Sei, talvez eu seja visto
    Como ingênuo ou demagogo,
    Inocente ou pervertido.
    Um hipócrita, um louco.
    No entanto eu insisto
    Nesta chama que consome,
    Eu ainda acredito
    Porque sofro com a fome,
    Porque ainda sou um homem.

    27 de jul. de 2010

    Show de Solidariedade

    Não. Eu não vou pro 'Maior show do mundo'? Vou para o 'Melhor Show do Mundo'! Jorge Vercillo: voz e violão. Perfeito!!! E ainda é por uma causa nobre...


    Ingresso na mão!!!

    9 de jun. de 2010


    "Olhe só
    Como a noite cresce em glória
    E a distância traz
    Nosso amanhecer
    Deixa estar que o que for pra ser vigora
    Eu sou tão feliz
    Vamos dividir
    Os sonhos
    Que podem transformar o rumo da história."

    Maria Gadú


    12 de mai. de 2010

    Sensível demais você me deixou...


    Hoje eu tive medo


    De acordar de um sonho lindo
    Garantir, reter, guardar essa esperança
    Ando em paraíso, descaminhos, precipícios
    Ao seu lado eu vejo que ainda sou uma criança

    Jorge Vercillo

    Ventos de paz...


    Ao mergulhar no seu olhar sereno,
    reencontrei rastros do que vivemos.
    Navegador, águas de amor espero
    longe do cais você me faz eterno.
    Vem trazer, ventos de paz,
    Muda minha vida, amor
    Eu te espero o quanto for
    abraça meu destino descobre meu caminho, querido.


    Jorge Vercillo e Leila Pinheiro

    3 de mai. de 2010

    Uma das mais linda do CD DNA



    Memória do Prazer
    Jorge Vercillo e Gabriela Vercillo

    Penso em você
    É uma canção
    Que eu não consigo esquecer
    Penso em você
    E é o livro
    De uma amor que não se lê

    Penso em você
    E acho que nunca
    Saberia rejeitar um pensamento assim
    É o perfume na memória do prazer
    Penso em você
    Há tanto pra contar
    E há tanto pra viver...

    Penso em você
    Por entre as telas
    Pelos quadros de Matisse

    Penso em você
    Em um soneto
    Ensolarado de Vinícius
    Penso em você
    E essa paiisagem
    A cada passo, mais bonita se revelará
    E acho que até hoje dela eu não saí
    Penso em você
    Há tanto pra contar
    E há tanto pra viver...

    18 de abr. de 2010

    Pra coração ferido




    Torça bem as lágrimas, uma a uma, até desencharcar o coração.
    Depois, estenda a tristeza pra secar no varal da autogentileza.
    Lá costuma bater sol.

    Ana Jácomo

    11 de abr. de 2010

    Boas novas...

    Dia dos Namorados com Maria Gadú e Jorge Vercillo

    Uma boa nova da Chevrolet Hall é o show de Maria Gadú e Jorge Vercillo. Será uma prévia do Dia dos Namorados. Agendem-se: dia 5 de junho.




    Créditos: Cláudia Meira


    6 de abr. de 2010

    Chuva de verão


    [pode ser que nada aconteça
    nem hoje nem algum dia
    mesmo assim,
    prefiro a dor que a solidão por não te ter me traz

    do que a dor que uma simples solidão me traria e trairia]



    Paulinho Moska


    ~ Sim, eu posso voar ~



    Mas você tem cento e vinte borboletas
    pousadas na sua tiara:
    você pode voar a qualquer momento!

    3 de abr. de 2010

    Amo muito esse magrelinho...


    Me transformo em luar




    Magia...


    Então ela trazia, 
    protegida naquela meiguice, um toque enigmático. 
    Talvez nem soubesse, ou tivesse mesmo aquele dom.
    Toda vez que ela passava, no silêncio desenhava,
     desvendava, colocava um respiro, um sol nascendo, uma melodia.
    Mas ela dizia:

    -"Shhh...
    É pra bem poucos."


    Patty Vicensotti

    Recomeço



    Não é preciso agendar, entrar em fila, contar com a sorte, acordar cedo para pegar senha: a possibilidade de recomeço está disponível o tempo todo, na maior parte dos casos. Não tem mistério, ela vem embrulhada com o papel bonito de cada instante novo, essa página em branco que olha pra gente sem ter a mínima ideia do que escolheremos escrever nas suas linhas.

    O que é preciso mesmo é coragem para abrir o presente.

    Ana Jácomo

    27 de mar. de 2010



    Sonhos bons. Uma alma cheia de luz, pronta pra explodir fogos de artifício numa noite de lua cheia. A fé pendurada no pescoço. Fita do Bonfim no tornozelo. Barra da saia carregada de esperanças, nos olhos a cor da paz tão esperada. Estende os braços pra sentir vento. Um abraço de esculpir sorrisos... Suspiro. É mudança. Muitas, vês? Já escolhi o destino. Qualquer coisa sentida com a alma do coração.

    Vanessa (www.caixamagica.blogspot.com)

     

    15 de mar. de 2010

    das preces


    Por isso, prendo a respiração para pedir. Pedido sincero na oração, que é coisa que se faz com o coração. Pega impulso na fé e sobe. Mas tem que ser muita, mesmo. De olhos fechados e mãos juntas, apontando para cima. Como vi tantas vezes a mãe, de joelhos em frente dos santostodos lá em casa. No preparar das tarefas, no café, no banho, na costura, no vestir, era sempre assim rezando musicalmente, enchendo a casa de coisas santas, aconchegos. Nesse dia de sol frio peço: - Aumentai a minha fé, Senhor. Mesmo neste frio, me dê um coração quentinho. Aumentai a minha fé, Senhor, em mim mesma. Amém .

    Vanessa