9 de ago. de 2009

Pai, para você o meu infinito amor


Doze. Há doze anos o meu Dia dos Pias não é o mesmo. Perdeu o tom, a cor... Nele há um vazio físico, uma ausência de carinhos, abraços e presentes. Eu não preciso enfrentar longas filas para comprar um presente. E, é com tristeza que digo isso. Como eu queria passar vários minutos numa loja cheia escolhendo o melhor presente. Tento conter as lágrimas, mas elas teimam em rolar pelo meu rosto. Só quem perdeu um amor sabe o que sinto. A dor lancinante do início com o tempo se transforma numa doce e pungente saudade.

Só sente saudade quem amou e foi amado. Pela definição da jornalista Ana Jácomo: "Saudade são paisagens de momentos vividos... imagens que eternizam-se enraizadas não na mente, mas no coração." Saudade é bom sentir. Mesmo aquelas que nunca passam. Restou a lembrança do perfume, das palavras benditas, do sorriso, da amizade, do amor...

Painho, queria tanto ter você aqui. Tenho certeza que estarias feliz e dançarias comigo a valsa da minha formatura, assim como aquela do ABC. Muita coisa mudou. Não sou mais a mesma. Cresci, amadureci... Aquela menina que se atrapalhava com os cálculos matemáticos, se apaixonou pelas palavras e se tornou jornalista. Contudo algo continua do mesmo jeitinho: o senhor ainda é o meu herói e assim será por toda a eternidade. O meu amor e admiração pelo senhor? Ah, esses cresceram...

Meu presente será as minhas orações e o meu amor infindo. Fico com a certeza de que continuas velando e torcendo por mim como sempre foi. Obrigada por tudo, tudo, tudo...

Então respiro macio e agradeço a Deus por ter tido o privilégio de por doze anos chamar de pai o meu anjo da guarda.

Te amo!

Feliz Dia dos Pais a todos os pais!

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