27 de jan. de 2008

O centenário do Dom da Paz

O eterno arcebispo da Arquidiocese de Olinda e Recife Dom Hélder Câmara completaria no dia 7 de fevereiro de 2008, 99 anos. Mesmo não estando entre nós, aqui na Terra, o Dom da Paz receberá muitas homenagens. Não tenho dúvidas que lá no céu a festa será maior ainda.

Quem não se lembra daquele franzino homem, que se fez forte na defesa da vida e dos mais necessitados, que amou os pobres de forma ímpar, que aceitou as diferenças e jamais condenou alguém. Compreendeu e foi incompreendido, mas fez de cada segundo que viveu uma oportunidade para tornar o mundo melhor. Deixou várias sementes plantadas e transformou a vida de muita gente.

Infelizmente, não tenho muitas lembranças dele, porém sou fã incondicional deste santo que mostrou ao mundo que ser feliz é simples, só é preciso fazer os nossos irmãos felizes e lutar para que os nossos direitos sejam respeitados. É preciso enxegar o Cristo, que está ao nosso lado e que muitas vezes ignoramos. Que chuvas de paz reguem os nossos solos e que os frutos das árvores que Dom Hélder plantou sejam colhidos em abundância.

Encontrei um texto escrito pela Irmã Domitila Ribeiro Borges. Ela conheceu e conviveu com Dom Hélder, por isso acho mais indicado publicá-lo, do que escrever um. Ela relata fatos e detalhes que enriquecerão o nosso conhecimento sobre a vida deste santo que viveu tão perto de nós. Um fato que poucos sabem é que Dom Hélder escreveu uma música chamada: "No azul da manhã". A canção foi gravada pelo cantor Altemar Dutra e regravada por Leonardo Sullivan. Leonardo me revelou que o acerbispo sempre negou que tivesse composto a bela canção, e dizia que o autor era um sobrinho dele. Ninguém tinha dúvidas que o Dom da Paz era o compositor, mas os tempos eram difíceis e poucos compreenderia que um bispo escrevesse uma canção de amor. Antes do texto da Irmã Domitila vou publicar a letra da música.


No Azul da Manhã
(Helder Câmara/Roberto Mário)

Ah, essas flores sorrindo
No azul da manhã
Parecem cantar
A nossa canção

E essa ternura surgindo
Em meu coração
Eu vou te ofertar
No azul da manhã

A madrugada orvalhou
O chão onde estamos
E o dia se fez
De luz e calor
Faça de conta que amamos
Pela primeira vez
E me abrace, me beije
A sorrir como as flores
No azul da manhã


Dom Hélder Câmara: uma estrela cintilante no século XX

Tinha uma constituição franzina como o corpo de um pássaro, mas asas e olhar possantes de águia que vê longe, sobe alto e não tem medo de fitar o sol, o sol da verdade que tanto amava.

Conheci D. Hélder quando ainda neo-sacerdote, pois era capelão de nosso colégio Santa Rosa de Lima no Rio de Janeiro. Gostava de ir aspirando os ares da manhã e se quedando estático ante a beleza da Baía de Guanabara à espera do despontar do sol. Punha-se então de joelhos e adorava, louvava o Artista incomparável de todo aquele esplendor.

Chegava à nossa capela orvalhado de oração, impregnado de Deus. Suas Missas para nós foram inesquecíveis, tal era a unção e o amor com que celebrava, nos deixando marcados pela doçura e piedade, sobretudo, quando nos dava a Eucaristia. No entanto, não só a bondade mas a coragem e o destemor eram marcas de sua personalidade tão rica.

No dizer de Frei Beto, no seu livro “Fonte de Pão e de Beleza”, são muitas as histórias em torno da extraordinária figura de Dom Hélder. Uma delas, porém, retrata sua têmpera: nos anos difíceis da repressão, a Polícia Federal bateu à sua porta. Ele mesmo atendeu, como sempre o fazia. Brasília temia que ele sofresse um atentado e a culpa recaísse sobre o governo.

Os policiais disseram que ali estavam para oferecer-lhe um esquema de segurança. “Não preciso – respondeu – Dom Hélder – já tenho quem cuida de minha segurança”. Os agentes queriam os nomes mas ali nenhum registro constava dos órgãos oficiais.
“São três pessoas – a que disse apontou o arcebispo – o Pai, o Filho e o Espírito Santo”.

No famoso Congresso Eucarístico de 1955, como Arcebispo Auxiliar do Cardeal D. Jaime, Dom Hélder foi a alma de tudo. Iluminado pelo Espírito Santo ia recebendo impulsos para que aquela festa fosse realmente uma glória para Deus. E o foi. Não lhe faltaram amigos, colaboradores para a realização de todos os seus sonhos. Entre os maravilhosos Congressos que já tivemos, aquele do Rio de Janeiro se tornou notável. Não sei como, num corpo tão frágil, havia tanta energia e criatividade para tudo o que se realizou naquele evento religioso que atraiu cristãos do mundo inteiro. O hino foi composto por D. Marcos Barbosa, beneditino, membro da Academia Brasileira de Letras. Ao conteúdo profundo e simples ao mesmo tempo, calhou muito bem a música que toda gente aprendeu.

À reflexão de um Cardeal Francês, impressionado com a diferença chocante entre a magnitude das riquezas que via e a miséria das favelas: “Não é irritante ver este fausto religioso num lugar rodeado de misérias?” D. Hélder calou-se.

Esta frase foi um despertar mais profundo na alma daquele Arcebispo já tão voltada para o problema dos oprimidos, para as injustiças sociais. Daí em diante ele nunca mais pôde viver acomodado. Foi o principal articulador da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), embora muitos silenciassem esta iniciativa. Criada em 1952, a CNBB é hoje na igreja um modelo perfeito para os países católicos.

Por quatro vezes, entre 1970 e 1973, D. Hélder foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Pregava a justiça, a solidariedade, a fraternidade, a honestidade, a paz, o amor, a verdade. E isto o fazia através de toda a Europa, proibido que estava de falar no Brasil, onde era chamado de “Bispo Vermelho”. Por onde quer que passasse era o favorito ao Prêmio Nobel da Paz, mas não o recebeu, devido à pressão do governo brasileiro, então sob o domínio da Ditadura Militar. Em Paris, em 1970, reuniu mais de 20.000 pessoas para denunciar as torturas no Brasil. É claro que desagradava aos poderosos, aos culpados, aos covardes...

A obediência religiosa fez calar este homem que conquistava o mundo com sua sabedoria, sua coragem e sua santidade.

Quando Arcebispo de Olinda, recebeu um dia um grupo de fiéis, que, chorando muito, lhe contaram que eles haviam encontrado as hóstias consagradas atiradas na lama. “Que sacrilégio! Que pecado grave”! E lhe pediram para celebrar uma missa em reparação. É claro que ele aceitou, mas durante a missa, lhes disse: “Meus irmãos, como nós somos cegos! A descoberta das hóstias consagradas vos transformou. Mas o Cristo na lama, no meio de vós, é um fenômeno de todos os dias. Nós reencontramos Jesus Cristo diariamente nos Cortiços subumanos”!

“Realmente presente na Eucaristia, o Cristo conhece uma outra presença real na miséria humana. (Cahiers Saint Dominique)”.

Durante anos, D. Hélder silenciou-se sem amargura, sem recriminação, sem revolta, mas numa perfeita adesão à obediência a Deus, manifestada pelos homens.

D. Hélder possuía uma alma de poeta sensível a todo sofrimento humano. Mas gostava de um bom teatro, tinha cantores (as) e canções preferidas. O poeta que sempre nele existiu, deixou-nos livros de uma beleza comovedora, onde se misturam suas ânsias por um mundo melhor, sua capacidade de captar as maravilhas criadas por Deus e seu grande e profundo amor aos excluídos da humanidade.

Reflexões de Madre Teresa de Calcutá



"A paz começa com um sorriso."
MadreTeresa de Calcutá


“Não utilizemos bombas e armas para dominar o mundo. Vamos usar amor e compaixão. A paz começa com um sorriso - sorri cinco vezes por dia para alguém a quem não gostarias realmente de sorrir – faze isso pela paz. Então vamos irradiar a paz de Deus e assim acender a Sua luz e extinguir do mundo e dos corações de todos os homens todo o ódio e amor pelo poder.”


Para renascer contigo

"Senhor, ajuda-nos a ver a tua crucificação e ressurreição como um exemplo de como suportar e aparentemente morrer na agonia e no conflito da vida diária, para que possamos viver mais intensa e criativamente. Aceitaste paciente e humildemente a repulsa da vida humana, tanto quanto as torturas da Tua crucificação e paixão.

Ajuda-nos a aceitar as dores e conflitos cotidianos como oportunidades de crescimento de nossa pessoa e de nos tornarmos mais semelhantes a Ti, atravessando-os paciente e bravamente e confiando que Tu nos apoiarás. Faze que compreendamos que só através de renúncias freqüentes de nós mesmos e de nossos desejos egoístas poderemos viver mais plenamente; só morrendo Contigo poderemos renasce
r Contigo".

O Caminho da Vida

Mais um texto do inesquecível Charles Chaplin.


O Caminho da Vida



O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos.

A cobiça envenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódios... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e morticínios.

Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela.

A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria.


Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco.

Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.

(O Último discurso, do filme O Grande Ditador)

7 de jan. de 2008


"Não preciso me drogar para ser um gênio...

Não preciso ser um gênio para ser humano...

Mas preciso do seu sorriso para ser feliz."


Charles Chaplin


Quem foi Charles Chaplin?

Filho de artistas do vaudeville londrino, Chaplin teve uma infância miserável e chegou a roubar comida para sobreviver depois que seu pai abandonou a família e sua mãe foi internada como louca.

Ainda adolescente obteve emprego na companhia teatral de Fred Karno e, ao fazer uma excursão pelos Estados Unidos, em 1913, foi contratado por Mack Sennett para trabalhar na Keystone, o maior estúdio de comédias do cinema mudo.

Ali Chaplin criou o personagem que o tornaria famoso: o vagabundo, de bengala e chapéu-côco. Em 1919 fundou a United Artists, em sociedade com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e David W. Griffith, e passou a produzir filmes de longa-metragem. Nos anos 20 sua carreira estava no auge, mas seus problemas amorosos começaram a se agravar. Sua primeira mulher, Mildred Harris perdeu o que seria seu primeiro filho e Lita Grey, com quem se casou a seguir, o processou.

Os escândalos se seguiram, mas talvez o de maior repercussão tenha sido seu casamento, aos 56 anos, com a filha do escritor Eugene O'Neill, Oona, de 18.

Nos anos 50 foi perseguido pelo macarthismo e, após uma excursão à Europa foi impedido de retornar aos Estados Unidos. Mudou-se então para a Suíça. Anos mais tarde, os americanos tentaram se redimir concedendo-lhe um Oscar especial.

Um dos grandes gênios do cinema, Chaplin também era responsável pelas trilhas sonoras de todos os seus filmes e criou canções imortais, como "La Violetera" - de "Luzes da Cidade", "Smile" - de "Tempos Modernos" - e "Limelight" - de "Luzes da Ribalta".

Principais Filmes

Curtas:

· Carlitos Repórter (1914)
· Idílio desfeito (1914)
· O Vagabundo (1915)
· Casa de Penhores (1916)
· Rua da Paz (1917)
· O Imigrante (1917)
· Vida de Cachorro (1918)
· Ombro, Armas! (1918)
· Idílio Campestre (1919)
· Dia de Prazer (1919)

Longas:

· O Garoto (1921)
· Os Ociosos (1921)
· Dia de Pagamento (1922)
· Pastor de Almas (1923)
· Casamento ou Luxo? (1923)
· Em Busca do Ouro (1925)
· O Circo (1928)
· Luzes da Cidade (1931)
· Tempos Modernos (1936)
· O Grande Ditador (1941)
· Monsieur Verdoux (1947)
· Luzes da Ribalta (1952)
· Um Rei em Nova York (1957)
· A Condessa de Nova York (1966)

Fonte:
http://www.carlossaboia.com.br/carlitos.htm


O cantor e compositor Djavan gravou uma versão da música Smile de Charles Chaplin. Confira a letra:

Sorrir

Composição: Charles Chaplin/G.Parson/J. Turner - versão: Braguinha

Sorrir
Quando a dor te torturar
E a saudade atormentar
Os teus dias tristonhos, vazios

Sorrir
Quanto tudo terminar
Quando nada mais restar
Do teu sonho encantador

Sorrir
Quando o sol perder a luz
E sentires uma cruz
Nos teus ombros cansados, doloridos

Sorrir
Vai mentindo a tua dor
E ao notar que tu sorris
Todo mundo irá supor
Que és feliz

O preço do amor

Uma tarde, um menino aproximou-se de sua mãe, que preparava o jantar, e entregou-lhe uma folha de papel com algo escrito. Depois que ela secou as mãos e tirou o avental, ela leu:

- Cortar a grama do jardim: R$3,00

- Por limpar meu quarto esta semana R$1,00

- Por ir ao supermercado em seu lugar R$2,00

- Por cuidar de meu irmãozinho enquanto você ia àscompras R$2,00

- Por tirar o lixo toda semana R$1,00

- Por ter um boletim com boas notas R$5,00

- Por limpar e varrer o quintal R$2,00

- TOTAL DA DIVIDA R$16,00

A mãe olhou o menino, que aguardava cheio de expectativa. Finalmente, ela pegou um lápis e no verso da mesma nota escreveu:

- Por levar-te nove meses em meu ventre e dar-te a vida - NADA

- Por tantas noites sem dormir, curar-te e orar por ti - NADA

- Pelos problemas e pelos prantos que me causastes - NADA

- Pelo medo e pelas preocupações que me esperam - NADA

- Por comidas, roupas e brinquedos - NADA

- Por limpar-te o nariz - NADA

- CUSTO TOTAL DE MEU AMOR - NADA

Quando o menino terminou de ler o que sua mãe havia escrito tinha os olhos cheios de lágrimas.

Olhou nos olhos da mãe e disse: "Eu te amo, mamãe!!!"

Logo após, pegou um lápis e escreveu com uma letraenorme:

"TOTALMENTE PAGO".

Madre Teresa de Calcutá

Um jornalista entrevistando Madre Teresa lhe disse:

- Nem por um milhão de dólares eu daria banho num leproso.

Ao que Madre Teresa respondeu:

-O senhor não daria banho num leproso nem por um milhão de dólares? Eu também não. Só por amor se pode dar banho num leproso.




Quem foi Madre Teresa de Calcutá?

Madre Teresa de Calcutá, cujo nome verdadeiro é Agnes Gonxha Bojaxhiu, (Skopje, 27 de Agosto de 1910Calcutá, 5 de Setembro de 1997) foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana beatificada pela Igreja Católica.

Considerada a missionária do
século XX, concretizou o projeto de apoiar e recuperar os desprotegidos na Índia. Através da sua congregação "Missionárias da Caridade", partiu em direção à conquista de um mundo que acabou rendido ao seu apelo de ajudar o mais pobre dos pobres.

Fonte: Wikipédia

A carta de Deus

Tu és um ser humano, és o Meu milagre. E és forte, capaz, inteligente, e cheio de dons e talentos. Conta teus dons e talentos. Entusiasma-te com eles.

Reconhece-te. Aceita-te. Anima-te. E pensa que desde este momento podes mudar tua vida para o bem, se assim te propões e se te enches de entusiasmo. Tu és minha criação maior. És meu milagre. Não temas começar uma nova vida. Não te lamentes nunca. Não te queixes. Não te atormentes. Não te deprimas. Como podes temer se és meu milagre? Estás dotado de poderes desconhecidos para outras criaturas do Universo.

És ÚNICO. Ninguém é igual a ti. Só em ti está aceitar o caminho da felicidade e enfrentá-lo seguindo sempre adiante. Até o fim. Simplesmente porque és livre. Em ti está o poder de não amarrar-te às coisas. As coisas não fazem a felicidade. Te fiz perfeito para que aproveitasses tua capacidade, e não para que te destruísses com teus enganos mundanos.

Te dei o poder de PENSAR.
Te dei o poder de AMAR.
Te dei o poder de IMAGINAR.
Te dei o poder de CRIAR.
Te dei o poder de PLANEJAR.
Te dei o poder de REZAR.

E te situei o poder dos anjos quando te dei o poder da escolha. Te dei o domínio de escolher o teu próprio destino usando tua vontade. O que tens feito destas tremendas forças que te dei ? Não importa ! De hoje em diante esqueça o teu passado, usando sabiamente este poder de escolha.

Opta por SORRIR em lugar de chorar.
Opta por CRIAR em lugar de destruir.
Opta por DOAR em lugar de roubar.
Opta por ATUAR em lugar de adiar.
Opta por CRESCER em lugar de consumir-te.
Opta por BENDIZER em lugar de blasfemar.
Opta por VIVER em lugar de morrer.

E aprende a sentir a Minha presença em cada ato de sua vida. Cresça a cada dia um pouco mais no otimismo e na esperança! Deixa para trás os medos e os sentimentos de derrota. Eu estou ao teu lado. Sempre. Chama-me. Busca-me. Lembra-te de mim. Vivo em ti desde sempre e sempre te estou esperando para amar-te.

Se hás de vir até Mim algum dia, que seja hoje, neste momento! Cada instante que vivas sem Mim, é um instante infinito que perdes de Paz. Procura tornar-te criança... simples, generoso doador, com capacidade de extasiar-te e capacidade para comover-te ante à maravilha de sentir-te humano.

Porque podes conhecer Meu amor, podes sentir uma lágrima, podes compreender uma dor. Não te esqueças de que és Meu milagre. Que te quero feliz, com misericórdia, com piedade, para que este mundo em que transitas possa acostumar-se a sorrir, sempre que tu aprendas a sorrir.

E se és Meu milagre, então usa os teus dons e muda o teu meio ambiente, contagiando esperança e otimismo sem temor porque...

EU ESTOU AO TEU LADO !

DEUS.

A serpente e o vaga-lume

Numa floresta distante, lá estava ela, à espreita, esperando que ele passasse. Era paciente e, além de tudo, tinha tempo de sobra. Só lhe restava passar o resto da vida assim, a rastejar, a espreitar os distraídos. E, finalmente, chegara a sua vez.

Os dias daquele animalzinho insignificantes estavam contados. Era só ele passar e... nhac!!! Adeus! Tinha jurado a si mesma que, quantos dele cruzassem o seu caminho, haveriam de ter o mesmo fim.

Não muito longe dali, lá vinha ele, a deixar seus pinguinhos de luz por onde passava. A noite já havia chegado e ele exercitava o seu maior prazer: piscar sua luz intermitente, tornando aquele lugar ainda mais interessante. Como era bela a vida, pensava. Como era agradável seu lar. E como era maravilhoso ser livre!! E, por onde passava, o pequeno vaga-lume deixava aquele balé de luzes para alegrar a noite de todos os que habitavam a floresta.

Repentinamente, sentiu um deslocamento de ar que, no mínimo, lhe pareceu muito suspeito. Ademais, seus instintos lhe avisaram que o perigo estava perto. Aguçou os sentidos e, lá estava: no meio da mata fechada, a serpente, pronta a dar um segundo bote!!! O primeiro havia sido frustrado porque, no momento exato em que a serpente se projetara, ele decidira dedicar seu brilho à Dona Coruja, a postos para mais uma noite em claro. Dessa forma acabou saindo do campo de ação de sua caçadora. Apavorado, ele bateu suas frágeis asinhas o mais rápido que pôde. Tinha que sair dali! Tinha que fugir dali! Tinha que sair do alcance da serpente. Era fugir ou morrer.

Duas horas se passaram. A escuridão da floresta era assustadora. Só se ouvia o vento e, vez ou outra, um novo deslocamento de ar. Como o primeiro dentre tantos que a serpente provocara desde que iniciara sua caçada. O vaga-lume, a cada investida, sentia que estava próximo o seu fim. Já não podia mais lutar. Não tinha mais forças. Nem para viver. Cansado e ofegante, o pobre bichinho parou bruscamente e bradou:

-"Tá bom, tá bom, eu não agüento mais. Só quero que, antes de acabar comigo, você me diga por quê?”.

A serpente irritada, irritada com tanta ousadia, gritou:

- "Porque eu quero!"

- "Isso não é resposta. Se vai me matar, tenho direito de saber por quê. Eu te fiz algum mal?"

- "Não." Ela respondeu secamente.

- "Faço parte da sua cadeia alimentar?."

- "Não."

- "É alguma rixa de família?"

- "Já disse que não. Que animalzinho irritante você é. Como se já não bastasse deixar-me tão cansada, ainda quer que eu lhe dê explicações? Ora, vamos e venhamos. Você vai morrer e pronto!"

- "Por favor", implorava o vaga-lume, "Eu te suplico, por favor, que mal eu te fiz?"

- "Chega! Você não me fez mal algum."

- "Então, por que você quer tanto me matar?"

- “Porque eu não suporto ver você brilhar”.

(Autor desconhecido)

Fora de moda

Se não estivesse tão fora de moda... iria falar de Amor.
Daquele amor sincero, olhos nos olhos, frio no coração, aquela dorzinha gostosa de ter muito medo de perder tudo...
Daqueles momentos que só quem já amou um dia conhece bem...
Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas, mas não para retê-las no egoísmo material da posse, mas para doá-las no sentimento nobre de amar.

Se não estivesse tão fora de moda... Eu iria falar de Sinceridade.
Sabe, aquele negócio antigo de Fidelidade... Respeito mútuo... e aquelas outras coisas que deixaram de ter valor...
Aquela sensação que embriaga mais que a bebida; que é ter, numa pessoa só, a soma de tudo que às vezes procuramos em muitas...
A admiração pelas virtudes e a aceitação dos defeitos, mas, sobretudo, o respeito pela individualidade, que até julgamos nos pertencer, mas que cada um tem o direito de possuir...

Se não estivesse tão fora de moda... Eu iria falar em Amizade.
Na amizade que deve existir entre duas pessoas que se querem bem...
O apoio, o interesse, a solidariedade
de um pelas coisas do outro e vice-versa.
A união além dos sentimentos, a dedicação de compreender para depois gostar...

Se não estivesse tão fora de moda... Eu iria falar em Família. Sim...Família!
Essa instituição que ultimamente vive a beira da falência, sofrendo contínuas e violentas agressões.
Pai, Mãe, Irmãos, Irmãs, Filhos, Lar...
Aquele bem maior de ter uma comunidade unida, pelos laços sangüíneos e protegidas pelas bênçãos divinas.
Um canto de paz no mundo, o aconchego da morada, a fonte de descanso e a renovação das energias...

E depois, eu iria até, quem sabe, falar sobre algo como... a Felicidade.
Mas é uma pena que a felicidade, como tudo mais, há muito tempo já esteja tão fora de moda e tenha dado seu lugar aos modismos da civilização...
Ainda assim, gostaria que a sua vida fosse repleta dessas questões tão fora de moda e que, sem dúvida, fazem a diferença!
Afinal, que mal faz ser um pouquinho “careta.”

(Desconheço o Autor)

6 de jan. de 2008

Big Besteirol Brasil

Mais uma vez vai começar o besteirol chamado Big Brother Brasil e mais uma vez o povo brasileiro se renderá ao show da alienação. É incrível como tanta gente pára em frente a uma televisão para ficar comentando sobre a vida dos outros e como tanta gente se candidata ao rídiculo papel que a Globo pauta. Será que ninguém percebe que é tudo armado? Programas como esses desrespeitam a inteligência dos brasileiros.

Poucos sabem que a televisão é uma concessão pública e como tal somos nos que decidimos o que deve ou não ser exibido. Não podemos aceitar que veículos de comunicação tão estruturados tecnicamente vomitem programas de tão baixo nível. As empresas afirmam que mostram o que o povo quer e o povo diz que assiste porque não há outra alternativa. Quem está certo?

O público é quem deve decidir o que assistir e é responsável pelo que é veiculado na telinha porque as televisões pertencem a nós. Porque ao invés de assistirmos esses tipos de programas, não deligamos a TV e vamos ler um livro ou até mesmo procurar programas educativos. Assim como nas eleições nós é que decidimos o que queremos. Pena que não fomos educados para escolher certo. Publico um texto sobre uma das edições do Big Brother publicado no site: http://www.folhadoamapa.com.br/index.php/site/comments/antdoto_uma_priso_equivocada/


Você assiste ao Big Brother?

"Eu assisto! Eu preciso assistir pra perceber o quanto a tão poderosa Rede Globo manipula o inconsciente do ser humano, a tal propaganda subliminar, famosa e proibida de uso pelos meios de comunicação. A Globo edita as falas de quem está contra o “queridinho” do conglomerado midiático de Roberto Marinho, fazendo com que os telespectadores se convençam daquele que é, desde o início, o escolhido para ganhar o prêmio.

Vejam alguns dados de José Neumani Pinto: “29 milhões de ligações do povo brasileiro votando em algum candidato para ser eliminado do Big Brother. Vamos colocar o preço da ligação do 0300 a R$ 0,30. Então, teremos… R$ 8.700.000,00. Isso mesmo! Oito milhões e setecentos mil reais, que o povo brasileiro gastou (e gasta ), em cada paredão! Suponhamos que a Rede Globo tenha feito um contrato “fifty to fifty” com a operadora do 0300, ou seja, ela embolsou R$4.350.000,00. (...) Nem a Unicef, quando faz o programa Criança Esperança, com um forte cunho social, arrecada tanto dinheiro.

(...) Chega de buscar explicações sociais, coloniais, educacionais. Chega de culpar a elite, os políticos, o Congresso. Olhemos para o nosso próprio umbigo, ou o do Brasil. Que eleitor é esse? Depois, não adianta dizer que político é ladrão, corrupto, safado, etc. Quem os colocou lá? Claro, o mesmo eleitor do BBB! (...)”.

Além da manipulação discarada eregida por esta TV descompromissada com a cultura do Brasil, como citou Neumani, é um exemplo latente de que realmente o povo brasileiro é burro e ignorante por conta de farsas impostas por meios de comunicação como estes. É por isto que políticos como Paulo Maluf voltam mais uma vez para roubar o dinheiro do povo.

Basta de sermos imbecis e alienados, sejamos mais conscientes do processo social em que vivemos. Está na hora de crescermos mais como seres humanos. Chega de permitir que nossos filhos, amigos, parentes, enfim, sejam massacrados com tanta futilidade. Ao invés de gastarmos nosso tempo com conteúdos esdrúxulos provenientes da TV, vamos nos dar as mãos em direção à propostas coerentes e conciliadoras a respeito de quem realmente precisa de atenção: o povo miserável. Enquanto isso, quem ganha é a Globo, você, cara pálida, é quem perde!"

Deus é como o açúcar

"Um certo dia um homem foi em uma escola falar de DEUS.

Chegando lá perguntou se as crianças conheciam a Deus, e elas responderam que sim. Continuou a perguntar e elas disseram que Deus é o nosso pai, que ele fez o mar, a terra e tudo que está nela, que nos fez como filhos Dele, etc.

E o homem se impressionou com a resposta dos alunos e foi mais longe: “Como vocês sabem que Deus existe, se nunca ninguém O viu?”

A sala ficou toda em silêncio, mas Pedro, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse: “A minha mãe me disse que Deus é como o açúcar no meu café com leite que ela faz todas as manhãs. Eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do café com leite, mas se não colocá-lo, fica sem sabor. Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos; mas se Ele sair de perto, nossa vida fica sem sabor...”

O homem sorriu e disse: “Muito bem Pedro, eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida...”

Deu a bênção e foi embora da escola surpreso com a resposta daquela criança. Deus quer tornar a nossa vida muito abençoada, mas para que isso aconteça é necessário deixarmos que Deus faça milagres e uma grande transformação em nosso coração.

Pense nisso, hoje não esqueça de colocar "AÇÚCAR" em sua vida!"

A Fábula da Verdade

Uma tarde, muito desconsolada e triste, a verdade encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.

- Verdade, porque estás tão abatida? - perguntou a Parábola.

- Porque devo ser muito feia já que os homens me evitam tanto!

- Que disparate! - riu a Parábola - não é por isso que os homens te evitam. Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.

Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda à parte onde passavaera bem vinda.

- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada."

Conto Judaico

1 de jan. de 2008

Um novo tempo...


O ano de 2007 passou ligeiro. Só para variar vou ter que citar o Jorge Vercillo: "O tempo passou feito um louco..." Apressado, deixou boas recordações e saudades dos que foram morar pertinho de Deus. Apesar do tristes acontecimentos, os agradáveis conseguiram superá-los. Agora é escrever um novo capítulo na nossa história e que ele seja cheio de aventuras, amor, paz, amizade e saúde. Desejo a todos um 2008 maravilhoso e que juntos possamos escrever uma linda história...

Beijos cheios de bons desejos...

Hoje, estou postando um texto escrito pela jornalista Ana Jácomo. Passei a admirar a Ana quando li outro texto dela entítulado Almas Perfumadas. Ela escreve de uma forma suave, delicada e emocionante. O texto a seguir chama-se Historinha de amor pra gente grande e foi publicado no livro Parto de Mim, lançado em 2001. Sugiro aos que lerem esta publicação, que visitem o blog da Ana Jácomo. Assim vocês poderam beber diretamente na fonte. O endereço é: http://www.anajacomo.blogspot.com/

Dedico o texto a todos os meus amigos...

Historinha de amor pra gente grande

Contam os anjos que às vezes me inspiram que um pouquinho antes de materializar o seu plano de criação da vida humana e se derramar no coração de todas as coisas da Terra, o Senhor Deus Todo Poderoso resolveu repassá-lo, ponto a ponto, pela última vez. E, ao terminar o trabalho, sentiu, bastante surpreso, que ainda parecia estar faltando um detalhe sem nome nem rosto em sua grandiosa obra. Algo que não havia sido contemplado por nenhum dos incontáveis milagres com os quais dotaria o homem e o ambiente que preparava para acolhê-lo e supri-lo em sua jornada evolutiva.

Como um poeta que ao findar um poema é tocado pela vibração de uma palavra que não foi dita sem conseguir visualizar-lhe as feições, o Senhor Deus intuiu a ausência de uma dádiva no buquê de luzes que ofertaria ao homem para perfumar sua caminhada heróica, que trilharia até tornar-se um mestre das coisas que não passam e reunir-se a Ele numa só consciência criadora.

O Senhor Deus não sabia que doçura era aquela que reclamava sua amorosa atenção, mas pressentia que se tratava de algo imprescindível. De alguma graça que deixaria uma lacuna em branco em cada história humana, caso não existisse. De mais um dos presentes que bordaria em cada vida com os fios da delicadeza que utilizaria em tudo o que planejava ser forte. Mas o que poderia ser, Ele se perguntava, além das outras tantas ternuras que já havia previsto bordar?

E o Senhor Deus pensou, pensou, pensou. Relembrou cada detalhe, cada etapa, cada riqueza, pacientemente, com todo o zelo de seu coração criador. Reuniu-se com os mestres que o assessoravam no Plano. Trocou idéias. Ouviu, atento, as sugestões e observações que surgiram. Mas nada do que pensava e ouvia atendia à sua expectativa e se aproximava da resposta que buscava desde que aquela intuição lhe visitara. Que traço, afinal, poderia ainda criar para compor o conjunto das bençãos que desenharia na Terra? Que beleza era aquela que murmurava em seu ouvido sem revelar-lhe o rosto?

Contam que, como era costumeiro, numa certa manhã o Senhor Deus Todo Poderoso estava distraído no jardim de sua casa, cuidando amorosamente de suas plantas, quando um anjo, muito belo, muito jovem, banhado de luz azul, aproximou-se Dele para transmitir-lhe uma mensagem de um de seus arcanjos, Miguel, o príncipe celeste que comandava seu exército de luz. E que foi no exato instante em que olhou para aquele anjo que o Senhor Deus descobriu o que ainda faltava em seu plano: anjos que o homem pudesse ver, exatamente como Ele podia ver aquele.

O plano do Senhor Deus previa que seria escolhido para cada pessoa, a partir do momento alquímico de sua concepção, um anjo que iria acompanhá-la em toda a sua trajetória humana, até que devolvesse à Terra a roupa de carne que lhe havia sido emprestada. E, embora se tratasse de um leal companheiro, que iria fortalecê-la, protegê-la e inspirar-lhe, e lhe fosse possível falar com ele e ouvi-lo, em seu coração, o ser humano não poderia vê-lo, a não ser que em algum instante experimentasse um amor tão intenso que conseguisse penetrar na freqüência luminosa onde os anjos moram.

Para o homem, pensava o Senhor Deus, por mais grandiosa que fosse, aquela dádiva não bastaria. Ele sabia que o ser humano teria dificuldade para lidar com as coisas que chamaria de invisíveis. Que se atrapalharia com tudo o que não pudesse ser tocado com algum dos cinco sentidos que, equivocadamente, acreditaria serem os únicos que possuía.

O homem precisaria também de anjos que fossem visíveis. Feitos da mesma matéria que ele. Com os quais pudesse brincar com os brinquedos humanos. Crescer junto, aprendendo, ensinando, trocando. Que os olhassem nos olhos e o encorajassem ao próximo passo às vezes sem uma única palavra sequer. Com os quais pudesse compartilhar os sabores, os sons, as visões, as falas e as texturas das coisas da Terra e sonhar com as coisas do céu. Que estivessem ao seu lado nos dias de sol e também lhe estendessem a mão para atravessar com ele o tempo em que as noites se fariam tão escuras que ele começaria a duvidar do amanhecer.

Sim, continuava a pensar o Senhor Deus, o homem precisaria de anjos visíveis que tivessem em sua vida a mesma bela tarefa do anjo que não podia ver. Anjos que permanecessem em seu caminho quando tudo parecesse ter ido embora. Que acreditassem nele até quando ele próprio se esquecesse quem era. Que quando o cansaço lhe visitasse e os apelos da sombra o convidassem a desistir, desembainhassem a própria espada para lembrar-lhe de que era também um guerreiro. Que emanassem para ele um bem-querer tão puro que fosse capaz de perfumar até o que ainda lhe doesse. Com os quais pudesse rir e chorar, e, sobretudo, ter a liberdade de ser.

O homem precisaria, sim, de anjos visíveis com sangue nas veias. Que tivessem dor de barriga, mau humor, contas pra pagar, unha encravada, medo, dente de siso para extrair, angústia, raiva, baixo astral, e toda uma séria de chatices humanas que os anjos invisíveis respeitam, mas não experimentam. Com os quais pudesse jogar conversa fora. Torcer por um time. Cantar desafinado. Caminhar na praia. Trocar um abraço. Empanturrar-se de risada e bobó de camarão num domingo grande. Que espelhassem para ele sua porção humana e sua porção divina e lhes fizessem parceria no contínuo exercício de integrá-las durante a viagem. Que pudessem servir de canais para os toques, os puxões de orelha e os carinhos do seu próprio anjo guardião, que, sem fazer ruído algum, trabalharia em sintonia com eles o tempo todo.

E depois de dividir com aquele anjo inspirador as feições de sua descoberta, contam que o Senhor Deus Todo Poderoso lhe perguntou o seu nome, pois seria com ele que, em gratidão, chamaria o anjo visível que cada pessoa encontraria na Terra.

E o anjo que inspirou o Senhor Deus, maravilhado com sua bondade, revelou-lhe o seu nome:

- Amigo.